quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Cruz de Prata

Os acontecimentos passados atormentam-me o juízo como se de um salgueiro enraivecido se tratasse. O vento que abana esse salgueiro é silencioso, mas mortal, como mortais somos todos nós. Matamos e morremos e morremos e matamos, como mortais e mortais que somos. A grande dúvida que pesa sobre os meus ombros é a mesma que pesa sobre os ombros da Humanidade como um todo, a dúvida sobre...

"Pára de ser tão dramática."

Ahem, a dúvida sobre o verdadeiro motivo da nossa existência enquanto seres à face desta Terra que nos foi emprestada pelos deuses sem nome e pelos deuses com demasiados nomes. Qual é a razão de todo o sofrimento porque passamos e que não tem igual em nenhuma dimensão alternativa que...

"Já chega, vá."

Pronto, pronto, qual é o teu problema hoje?

"O principal é que estou a ficar farto de te ouvir!"

E?

"Bem... Preciso de ti."

Ai sim? Primeiro é para me calar, e agora já precisas de mim... É sempre a mesma coisa, deves pensar que te safas com essa brincadeira durante muito tempo.

"Nunca disse para te calares."

Não quero saber.

"Vais-me obrigar a implorar?"

Talvez.

"Preciso mesmo de ti, vá..."

Diz...

"Tens que me narrar como deve ser, hoje."

O que é que queres dizer com isso?

"Não quero das tuas brincadeiras do costume, hoje preciso mesmo que te limites a narrar normalmente."

Mas...

"Por favor!"

Pronto. Está bem. Se tem de ser.

"Óptimo. Hoje vamos descobrir a Cruz de Prata."

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Rui Bastos. Com tecnologia do Blogger.